Tenho um exemplar do livro “Reinações de Narizinho” editado pela Companhia Editora Nacional em 1945. É um tesouro familliar. Foi um presente dado à minha mãe nos seus tempos de meninice e recentemente passado para mim. É um daqueles livros de capa dura tipo biblioteca, daquelas grossas mesmo, com as páginas já amareladas e cheio de ilustrações de estilo simples mas bem bacanas. Já o li três ou quatro vezes sendo a última delas no ano de 2006. Cada vez que o leio admiro mais seu criador. É incrível como Monteiro Lobato consegue expressar as idéias dos personagens, e suas, em última análise, criando neologismos tão engraçados e interessantes. Geralmente as crianças conhecem “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” somente em uma de suas versões televisivas. Uma ou outra, que tenha pais um pouco mais interessados na formação cultural dos filhos, teve acesso aos livros. Admito que as versões para televisão são encantadoras e eu também guardo boas lembranças de toda turma do “Sítio” na versão dos anos 70. Não precisamos ler os livros ao invés de assistir na TV, podemos fazer os dois. Mas DEVEMOS ler também. As crianças devem ter o direito de imaginar o que Monteiro Lobato escreveu e não só receber o pacote pronto do que alguém já imaginou por elas.
É meio óbvio recomedar a leitura de Monteiro Lobato, mas experimente perguntar por aí quem realmente leu alguma coisa dele. Quase todo mundo dirá que conhece as histórias do “Sítio” e, um grupo menor, de Jeca Tatu, mas ler mesmo, poucos leram. Isso referindo-se ao público médio, é claro que aqueles que lêem desde a infância devem ter lido mais de um livro dele.
Portanto, se você é adulto e não leu, por exemplo, “Reinações de Narizinho”, não se acanhe, dê um jeito de conseguir o livro e tenha uns bons momentos de diversão. E recomende para os seus filhos. É uma boa desculpa para não ter que dar maiores explicações se encontrarem o livro na cabeceira de sua cama.
Boa leitura!
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