Acredito que todos que acompanham a produção nacional em literatura juvenil conheçam o nome do escritor Caio Riter. Trabalhos premiados como O rapaz que não era de Liverpool (SM), Meu pai não mora mais aqui (Biruta) e o recentemente lançado O outro passo da dança (Artes e Ofícios) firmaram de vez o estilo inconfundível do autor. Uma forma própria de narrar, personagens adolescentes em conflitos internos e a sensibilidade no tratamento dos temas são características fortes nos textos do Caio.
Eu me pergunto? Será que uma história de fantasia seria possível de ser contada por um autor com essas características? Essa resposta pode ser obtida através da leitura de As luas de Vindor (Biruta), livro lançado recentemente pelo Caio.
O autor, sem deixar de lado suas principais características, nos apresenta uma fantasia muito bem arquitetada. Os personagens são interessantes como sempre e a narrativa também é diferenciada. Caio foi mais econômico no desenvolvimento das relações o que é compensado pelo acréscimo da forma aventuresca de narrar como é próprio dos livros desse gênero. O final é um presente.
Vindor é um reino sob ameaça e encontra na princesa Olivia a única capaz de salvá-lo. Aceitando o convite de Olívia nos vemos nas terras de Bizarra, a principal, mas não única, vilã da história.
Outra boa fantasia nacional produzida por um autor de primeira linha.
E sim, o estilo do Caio funciona perfeiramente numa história de literatura fantástica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário