quarta-feira, 28 de março de 2007

Concurso de Contos

A Literalis Editora está promovendo seu 1º Concurso de Contos. As inscrições vão até 30 de abril. Parece uma boa oportunidade para quem quer tentar o ingresso na carreira literária ou simplesmente contar aquela história que tem na cabeça. Além de premiação em dinheiro os contos escolhidos poderão fazer parte de um livro, o que é sempre bacana. Maiores informações no site abaixo:

http://www.literalis.com.br/regulamento.html

segunda-feira, 26 de março de 2007

Fumproarte

Para quem está escrevendo ou já escreveu um livro e nunca conseguiu publicar, mas gostaria, uma opção, para quem mora em Porto Alegre, é tentar um financiamento pelo Fumproarte da Prefeitura de Porto Alegre. Eles financiam até 80% do custo da edição. A cada semestre é publicado um edital com as normas para a submissão de projetos de várias áreas artísticas, inclusive de literatura. As inscrições para este semestre já encerraram, mas no próximo semestre novos projetos serão aceitos, e, neste ano, a verba para esses financiamentos aumentou em 70%! Quem quiser dar uma olhada deve entrar no link abaixo e pesquisar no site. É interessante baixar o edital desse semestre para começar a conhecer os requisitos e montar o projeto. Não é nada impossível! Vale mesmo a pena fazer uma tentativa. Eu não acreditei muito quando me falaram dessa possibilidade, mas, felizmente, uma amiga insistiu comigo e, graças a isso, fui contemplado com o financiamento que resultou na publicação do meu livro. O negócio é acreditar e produzir!

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/fumproarte/

quarta-feira, 21 de março de 2007

Infanto-juvenil

Quando escrevi meu primeiro livro não pensei para qual público escrevia. Escrevi o que eu gostaria de ler, uma história divertida e que prendesse a atenção do leitor. Após ter finalizado o livro, lançado em 2006, percebi que era destinado para um público juvenil, mas que também interessaria adultos que apreciassem histórias de aventuras. No meu primeiro contato com a editora fui classificado como literatura infanto-juvenil. Nada contra. Mas inibe uma porção de gente de ler e comprar o livro. Em primeiro lugar não há nada errado em adultos lerem literatura infanto-juvenil ou juvenil, existe o preconceito, mas é completamente infundado. Como dizia C.S. Lewis (o criador de “As Crônicas de Nárnia”), “uma valsa não pode ser boa só enquanto você a está dançando”. Se um livro é bom, ele é bom sempre, tenha você 7, 37 ou 77 anos. Ao passo que, se o livro é ruim não importa em que idade você o leia, nunca vai agradá-lo. Lewis dizia também que amadurecer é acrescentar experiências e não trocá-las por outras, isso não seria amadurecimento e sim, simples mudança. Não é preciso deixar de gostar de limonada para passar a gostar de outra bebida. Da mesma forma não é preciso deixar de gostar de contos de fadas para poder ler o que consideramos literatura adulta. Bons livros duram para sempre. Livros considerados clássicos da literatura juvenil universal vivem sendo adaptados para o cinema e assistimos todos sem pestanejar, sabendo que são filmes de aventuras e que são divertidos. Originalmente, essas histórias (Os Três Mosquiteiros, Robin Hood, Os Irmãos Corsos, O Conde de Monte Cristo, A Máscara de Ferro, e tantas outras), eram, e são até hoje, considerados literatura juvenil. Isso sem falar das adaptações de personagens de histórias em quadrinhos para as telas de cinema.
Ver no cinema pode, ler não pode. Por quê? O problema não é que não lemos literatura juvenil, o problema é que não lemos. E não lemos, muitas vezes, por que o hábito da leitura é associado (quase que no chicote, na cabeça dos adultos resultantes de uma escola que só ensina a ler os clássicos que são muitas vezes muito chatos), com leituras aborrecidas cheias de interpretações de texto e narrativas monótonas (e não me entendam mal, adoro ler muitos dos clássicos da nossa literatura, mas alguns são decididamente muito chatos!). Tudo isso para que a verdadeira literatura brasileira, e se tivermos sorte, universal, não seja contaminada pelas pálidas e desvirtuadas iniciativas de escritores sem talento e sem estilo. Se o livro não mudar a ordem social ou transformar o ser humano de alguma forma, não serve.
E sabe o que acontece então? Ninguém lê. Assistir no cinema é mais fácil. Mesmo que se perca metade da história e das intenções do autor. O cinema não tem esse preconceito. Envolve centenas de profissionais e eles querem trabalhar. Mas quando não se lê um livro, é quase só o autor que sofre. Pelo menos é o que se pensa.
Não se consegue enxergar que, alargando um pouco a visão e deixando os preconceitos de lado, centenas de profissionais da literatura também poderiam trabalhar e se envolver em projetos literários. Ler não faz só bem para a mente e para o espírito, faz também bem para o país já que abriria um novo mercado que envolveria milhares de empregos!
Mas voltando ao caso da literatura juvenil, quando perdemos o preconceito e aceitamos o conselho de C.S. Lewis e nos tornamos leitores amadurecidos, abrimos um leque de opções que antes nos era desconhecido.
Um segundo ponto é o fato de existir uma espécie de vácuo na definição das editoras sobre os gêneros literários. Se um livro é aventuresco e despojado de pretensões sociais elas não hesitam em colocar lá na ficha técnica, literatura infanto-juvenil. O que, pelo menos no meu modesto ponto de vista, é um erro. Existe uma certa confusão nessas definições, muitas vezes, tanto livros considerados como sendo para crianças pequenas quanto livros considerados como sendo para adolescentes recebem a mesma definição. Essa, além do fato de não lermos qualquer literatura e de acreditamos que precisamos deixar esses livros de lado por que já somos adultos, é a outra parte do preconceito contra a literatura dita infanto-juvenil.
Talvez, uma boa idéia, além de abandonar o preconceito, seria encontrar algum outro tipo de designação para livros desse tipo. Andei olhando pela web e já notei um certo movimento a esse respeito.
Por enquanto, o negócio é tomar coragem e continuar escrevendo, lendo e incentivando o povo a ler, apesar da correnteza puxar para o outro lado.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Literatura Popular

Escolhi o termo "literatura popular" para poder ter liberdade na hora de indicar ou comentar quaisquer livros que achar que devo. Muitos livros que eu considero bons e interessantes não seriam considerados literatura por acadêmicos ou entendidos do assunto. Muito populares e sem conteúdo, diriam alguns, ou então, mal escritos e sem estilo, diriam outros. Dessa forma, autores como Dan Brown (O Código Da Vinci), J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), J. K. Rowling (Harry Potter), Frank Herbert (da série “Duna”) e tantos outros, apesar de constarem das listas dos mais vendidos e cairem no gosto do público são considerados como literatura menor ou como alguma outra coisa que não, exatamente, literatura, e olhados com desdém por especialistas. Em meios mais eruditos, confessar que leu “O Código Da Vinci” é como cometer uma heresia, punível com excomunhão intelectual. E só estou falando dos exemplos mais óbvios e conhecidos. É claro que existe toda uma comunidade de leitores e críticos que lêem, comentam, premiam e divulgam esses livros, mas ainda é um grupo meio marginalizado e desprestigiado pelos supostos especialistas. Não que ser considerado boa literatura por uma meia dúzia de entendidos seja tão importante assim, mas seria legal ver esses bons livros e autores sendo reconhecidos. Quem não leu “Código da Vinci”? Ou pelo menos quem não gostaria de dar uma olhada no tal livro? Eu li. É bem divertido e traz algumas questões interessantes, e sinceramente, mesmo que alguém muito culto e inteligente me dissesse que o livro é um lixo, não me arrependeria de tê-lo lido. As vezes, um livro que só diverte pode também ser considerado um bom livro. Li também os outros do Dan Brown e, é claro, percebe-se que o estilo dele é meio repetitivo, mas ainda assim são bons livros que proporcionam bons momentos de diversão. Falei especificamente desse livro por ser um exemplo bem conhecido, mas poderia falar de centenas de outros. O primeiro livro da série “Duna” de Frank Herbert, por exemplo, é, na minha opinião, um clássico que todos deviam ler, mas a maioria nem sabe que esse livro existe.
Lembro que na escola éramos obrigados a ler uma série de livros de literatura brasileira. Gostei da maior parte deles, mas alguns eram muito chatos. Gostei dos de Machado de Assis, Josué Guimarães e até hoje vibro com Érico Veríssimo, mas ler “O Cortiço” foi um massacre! Acho que, na escola, deveríamos ler também alguma coisa de literatura universal, seria importante para a formação cultural, creio eu, bem mais do que se traumatizar com “O Cortiço”. Que tal alguma coisa de Charles Dickens, Victor Hugo ou H. G. Wells para variar?
Bom, o fato é que existem bons livros que não são formalmente incentivados a serem lidos.
Em literatura juvenil ou infanto-juvenil lembro que, dos indicados, li um ou outro bacana, mas deixei de ler vários por não saber que existiam (logo escreverei mais sobre literatura infanto-juvenil).
Mas, tirando os percalços do caminho, sobrevivi. E tomei gosto pela leitura.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Saudações

Saudações à todos!

Em dezembro de 2006, lancei meu primeiro (mas, espero, não o único) livro. Com financiamento do FUMPROARTE da Prefeitura de Porto Alegre e distribuição pela editora Idéias a Granel, o livro "O Rei e o Camaleão" contou com a presença de mais de cem pessoas no seu coquetel de lançamento na Livraria Saraiva Mega Store em Porto Alegre, na noite de 13 de dezembro de 2006. Abaixo seguem breves sinopses das duas histórias contidas no livro:

O Rei e o Camaleão

O livro compõe-se de duas histórias destinadas ao público jovem e adulto. “O Monge Rei” passa-se em um reino fictício no que se poderia comparar à nossa idade média, época de reis, castelos e lutas de espada. Já “O Camaleão” é uma ficção espacial que conta a história de um agente secreto que tem a peculiar característica de ser um transmorfo. Ambas nos remetem àqueles sábados em que a geração que passou sua infância nos anos oitenta assistia a seriados enlatados e colecionava revistas em quadrinhos.

O Monge Rei
O Legítimo Rei de Fangot, Petrus, foi mantido afastado do reino por cinco anos, ferido em uma batalha ele perdeu a memória e acabou sendo colocado sob observação em um retiro monástico pelo usurpador do trono, Solano. Petrus, passa a ter sonhos com pedaços de memórias e acaba descobrindo quem realmente é. Começa, então sua busca por retomar o que é seu, seu reino, seu título e, principalmente sua esposa que, acreditando na morte do marido, está sendo obrigada a aceitar casar – se com o novo rei, o usurpador Solano. Petrus, em sua retomada, acaba encontrando diversos companheiros no caminho e com a ajuda deles pretende retomar Fangot.

O Camaleão
Um dos únicos sobreviventes da tragédia da colonização no planeta Bandeira 1, Meg Knox acabou se tornando um agente do SIGI, Serviço Intergalático de Inteligência. Sendo um transmorfo, Knox é sempre envolvido nas mais perigosas missões, dessa vez ele foi enviado ao Planeta Zara para personificar o governante do planeta, o ditador Sorbone, assegurando a entrega do poder as mãos do povo, como ele havia prometido. Infelizmente nada saiu como o planejado e um outro transmorfo é envolvido na história. Knox se vê em maus lençóis e precisa de toda a sua capacidade de persuasão e inteligência para consertar as coisas. Acaba, insperadamente, recebendo a ajuda de Saila, a segunda-em-comando no planeta. Junto com ela e mais alguns colaboradores precisam resolver a situação antes do início da conferência de paz.

O livro conta com dez belíssimas ilustrações de Léo(Nardo) Pereira que fez também os desenhos da capa e contra-capa. Este é o segundo livro ilustrado pelo artista.
Atualmente se encontra à disposição nas livrarias Saraiva Mega Store, Ventura e Cultura, sendo que nesta última pode ser adquirido em qualquer uma de suas lojas no Brasil.