segunda-feira, 19 de março de 2007

Literatura Popular

Escolhi o termo "literatura popular" para poder ter liberdade na hora de indicar ou comentar quaisquer livros que achar que devo. Muitos livros que eu considero bons e interessantes não seriam considerados literatura por acadêmicos ou entendidos do assunto. Muito populares e sem conteúdo, diriam alguns, ou então, mal escritos e sem estilo, diriam outros. Dessa forma, autores como Dan Brown (O Código Da Vinci), J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), J. K. Rowling (Harry Potter), Frank Herbert (da série “Duna”) e tantos outros, apesar de constarem das listas dos mais vendidos e cairem no gosto do público são considerados como literatura menor ou como alguma outra coisa que não, exatamente, literatura, e olhados com desdém por especialistas. Em meios mais eruditos, confessar que leu “O Código Da Vinci” é como cometer uma heresia, punível com excomunhão intelectual. E só estou falando dos exemplos mais óbvios e conhecidos. É claro que existe toda uma comunidade de leitores e críticos que lêem, comentam, premiam e divulgam esses livros, mas ainda é um grupo meio marginalizado e desprestigiado pelos supostos especialistas. Não que ser considerado boa literatura por uma meia dúzia de entendidos seja tão importante assim, mas seria legal ver esses bons livros e autores sendo reconhecidos. Quem não leu “Código da Vinci”? Ou pelo menos quem não gostaria de dar uma olhada no tal livro? Eu li. É bem divertido e traz algumas questões interessantes, e sinceramente, mesmo que alguém muito culto e inteligente me dissesse que o livro é um lixo, não me arrependeria de tê-lo lido. As vezes, um livro que só diverte pode também ser considerado um bom livro. Li também os outros do Dan Brown e, é claro, percebe-se que o estilo dele é meio repetitivo, mas ainda assim são bons livros que proporcionam bons momentos de diversão. Falei especificamente desse livro por ser um exemplo bem conhecido, mas poderia falar de centenas de outros. O primeiro livro da série “Duna” de Frank Herbert, por exemplo, é, na minha opinião, um clássico que todos deviam ler, mas a maioria nem sabe que esse livro existe.
Lembro que na escola éramos obrigados a ler uma série de livros de literatura brasileira. Gostei da maior parte deles, mas alguns eram muito chatos. Gostei dos de Machado de Assis, Josué Guimarães e até hoje vibro com Érico Veríssimo, mas ler “O Cortiço” foi um massacre! Acho que, na escola, deveríamos ler também alguma coisa de literatura universal, seria importante para a formação cultural, creio eu, bem mais do que se traumatizar com “O Cortiço”. Que tal alguma coisa de Charles Dickens, Victor Hugo ou H. G. Wells para variar?
Bom, o fato é que existem bons livros que não são formalmente incentivados a serem lidos.
Em literatura juvenil ou infanto-juvenil lembro que, dos indicados, li um ou outro bacana, mas deixei de ler vários por não saber que existiam (logo escreverei mais sobre literatura infanto-juvenil).
Mas, tirando os percalços do caminho, sobrevivi. E tomei gosto pela leitura.

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