quarta-feira, 4 de abril de 2007

As Crônicas de Nárnia: Indicação de Livro

No início desse ano acabei de ler o Volúme Único de “ As Crônicas de Nárnia”. Confesso que resolvi lê-lo depois da tremenda divulgação que a história teve após sua adaptação para o cinema. Mas, na verdade, apenas um dos sete livros que compõem a coleção foi filmado. “O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa” foi o primeiro a ser escrito apesar de, cronologicamente, não ser o primeiro da série. “O Leão, ...” seria o segundo, sendo antecedido por outro livro chamado “O Sobrinho do Mago”, entretanto o próprio autor nunca se preocupou muito com essa questão de cronologia. A série toda foi escrita entre 1950 e 1956. A edição que li, editada pela Martins Fontes, adota a sequência cronológica e não a original de publicação. Parece, que dessa forma fica mais fácil de ler, mas os livros são praticamente independentes uns dos outros e pouca coisa se perde se não lermos todos, apesar da leitura completa valer a pena.
A história do livro é a história de Nárnia, desde sua criação até final dos tempos. Lá habitam criaturas mitológicas e animais que falam, além dos personagens humanos. Todos os sete livros são divertidos e cheios de aventuras. Cada história é narrada usando a dosagem certa entre descrições da paisagem e ações/diálogos. C.S. Lewis, o autor, escreve numa linguagem fácil para crianças e, ao mesmo, tempo, interessante para jovens e adultos. As ilustrações (as originais na edição que li), uma no início de cada livro e de cada capítulo, são belíssimas e devem ser apreciadas com bastante atenção.
A temática cristã é bem evidente e a representação de Jesus Cristo através do leão Aslam é bem interessante. Apesar disso, Lewis nunca admitiu essa intenção diretamente. Para quem é religioso a série tem ainda mais esse atrativo, podemos traçar vários paralelos com o evangelho e a vida de Jesus Cristo.
No final dessa edição da Martins Fontes consta ainda um pequeno ensaio do autor sobre maneiras de escrever para crianças, onde Lewis brilhantemente defende a questão de adultos também poderem ler contos de fadas sem que sejam considerados mentalmente atrasados ou coisa parecida, tema que já abordei na postagem do dia 21 de março sobre literatura infanto-juvenil, citando inclusive as palavras de Lewis.
Para maiores detalhes, em sites como o da wikipédia (http://pt.wikipedia.org/) pode-se encontrar quase todos as informações que se desejar.
Boa leitura!

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